terça-feira, 12 de janeiro de 2010




Vasto



Grande como um cavalo morto
lá está ela deitada por sobre o irônico prado verde
Ao redor - flores de papel e plástico
embelezam uma vida breve
como breve é o grande cavalo morto
E os vermes fazem festa
se fartam da matéria quase podre
quase doce, quase ela, quase pouco
Agora ela é ele, ela é grande
corre solta pelo prado amplo
sem gênero, sem sexo, sem amarras
morta - vive o que a vida lhe roubou
.é torto.





(Nercy Luiza Barbosa)

2 comentários:

Felicidade Clandestina disse...

que maravilha seu blog.

conheço você de lá da comunidade de lispector... no orkut.


gostei demais daqui.
voltarei com calma para lê seu escritos calmamente.

abraços!

Nercy Luiza Barbosa disse...

Obrigada, querido.

Volte sempre que quiser, é um prazer receber sua visita.

Abraços