segunda-feira, 29 de junho de 2009



sem nó
viver de palavras solidárias a mim
é estrangeiramente complexo
tenho de ser gentil comigo – erma
então o sou
penso a caridade voltada a mim
e
tremulo
o abismo meu oscila
permeia-me entre o existir eu
e o que trama se manifesta
penso que a palavra
é cura que ainda resta
mas há o amor... há amor
que de tão abstrato é matéria invisível
vez ou outra por ele sou tocada de forma sinestésica
matéria pulsante só encontrada na vida
e vida deve ser palavras se tocando
sem contato há somente uma palavra só
sem biografia
sem amarras
sem nó

Nercy Luiza Barbosa

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